• "Um blog do cacete!" - Folha de São Paulo

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    terça-feira, março 29

    Continuação da semana do Estudo Das Expressões Portuguesas Com Pouco Nexo. Expressão #3.

    Após um interregno devido à festa religiosa que celebra a ressureição do Coelho da Páscoa, estou pronto a retomar o estudo etiológico das expressões mais caricatas. Hoje debruçar-nos-emos sobre a proposição

    Ele há coisas do caralho.

    Esta frase sugere que o caralho tem coisas que ele, por vezes, há-as. Essas coisas poderão ser diversas: glandes, testículos, etc. Uma vez que esta expressão é utilizada em situações de espanto, facilmente se conclui que, nessas circunstâncias, alguém (um homem indefinido conhecido apenas por ele) obtém coisas penianas, também indefinidos. Tratar-se-á provavelmente de um homossexual, ou de um heterossexual bastante infeliz.

    Er... Ok.

    quinta-feira, março 24

    Continuação da semana do Estudo Das Expressões Portuguesas Com Pouco Nexo. Expressão #2.

    Embora não queira tornar monótona a semana do Estudo Das Expressões Portuguesas Com Pouco Nexo, por a expressão de hoje ser parecida com a de ontem, não podia deixar de referir o clássico

    Isto está aqui uma coisa esperta.

    A semelhança é óbvia. Mais uma vez, é um "isto" que "está aqui", se bem que não representa ameaça à nossa integridade física, como acontecia ontem, apesar de esta também ser uma expressão depreciativa. A "coisa esperta" que "está aqui" nunca é coisa boa. Imagine-se o caso do estudante que vai ver um exame ao gabinete do professor e ao ouvir estas palavras a saírem da sua boca conclui que não o espera nada de bom. A título de reflexão, ficam no ar as interrogações acerca da localização da coisa esperta, que poderia ou não ser um pouco mais burra se estivesse mais para ali, e acerca da influência do grau de esperteza da coisa no seu estado. Ou seja, será que se a coisa seria melhor se fosse burra? E uma coisa burra que estivesse ali, corresponderia isso ao auge da qualidade?

    terça-feira, março 22

    Declaro aberta a semana do Estudo Das Expressões Portuguesas Com Pouco Nexo. São tantas que vai ser como quem limpa o rabo a meninos (olha outra).

    Outra expressão que sempre achei curiosa é

    Isto é um perigo que para aqui está.

    Não me referindo ao facto de "isto" se referir automaticamente a uma coisa próxima de quem fala e portanto ser redundante o apêndice "que aqui está", pergunto simplesmente se o "isto que aqui está" seria igualmente perigoso se estivesse ali. E se estivesse para ali? E se para ali estivesse? Será que é apenas perigoso para alguém de nome Aqui?
    Para reflectirem, deixo-vos o seguinte exemplo, proferido por um cidadão enquanto entrevistado para um noticiário, provavelmente da TVI, no qual baseei todas estas considerações:

    Isto estes fios é um perigo que para aqui está.

    segunda-feira, março 21

    Gostava de ter sido um adolescente com o estilo do Mike Randall, mas não fui. Serve-me de consolo não ter sido um Kubiac.


    Consegui finalmente resolver um problema cibernético que me impedia de postar imagens. É caso para dizer, como o Parker Lewis: coolness.

    sábado, março 19

    Ou seja, acabei de provar por A + B que as pessoas são dragões de papel.

    No outro dia

    sendo "no outro dia" a expressão mais ambígua que existe em termos temporais, uma vez que não diz nada preciso acerca da data a que se refere

    estava eu muito bem

    sendo "estava eu muito bem" outra expressão igualmente desprovida de sentido e conteúdo

    quando fui a este site. Vi o vídeo e, como era uma coisa simples de se fazer - e quem me conhece bem sabe como eu gosto muito de coisas muito simples de se fazer -, resolvi imprimir o dragão planificado e construí-lo. Foi das melhores coisas que já fiz, porque ele é um companheirão. É preciso é piscar-lhe o olho para ele nos dar atenção, senão limita-se a existir como bocado de papel que é.

    O que prova por A + B

    sendo "provar por A + B" uma expressão tão idiota como as anteriores, porque não prova coisa nenhuma por não ter um sinal de igual, o que torna a expressão "provar por A + B = C" mais adequada; vamos então substituí-la

    O que prova por A + B = C que, à semelhança das pessoas e animais, até um boneco de papel precisa de um estímulo nosso para reagir. No caso do dragão é preciso fechar um olho para haver ilusão de óptica. No caso das pessoas é preciso acarinhá-las ou maltratá-las, o que é um processo bem mais complicado do que puxar uma pálpebra para baixo.

    domingo, março 13

    Um dos meus jogos favoritos de sempre é o Sonic, por isso não estou à espera de coisa boa.

    "Video-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o pac-man tivesse influenciado a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas." - Kristian Wilson, Nintendo Inc, 1989.
    Poucos anos depois surgiriam as festas rave, a música techno e o ecstasy...

    Seus drogados.

    (Isto está aqui, no meio das outras piadas rascas.)

    sábado, março 5

    Ou esta ou a Stupid da Sarah MacLachlan, mas esta letra é mais apropriada que a outra.

    The hot summer night fell like a net
    I’ve got to find my baby yet
    I need you to soothe my head
    Turn my blue heart to red

    Doctor, doctor, give me the news
    I’ve got a bad case of lovin’ you
    No pill’s gonna cure my ill
    I’ve got a bad case of lovin’ you

    A pretty face don’t make no pretty heart
    I learned that, buddy, from the start
    You think I’m cute, a little bit shy
    Momma, I ain’t that kind of guy

    Doctor, doctor, give me the news
    I got a bad case of lovin’ you
    No pill’s gonna cure my ill
    I got a bad case of lovin’ you
    Whooaaa

    I know you like it, you like it on top
    Tell me, momma, are you gonna stop?

    You had me down, 21 to zip
    Smile of judas on your lip
    Shake my fist, knock on wood
    I’ve got it bad, and I’ve got it good

    Doctor, doctor, gimme the news
    I got a bad case of lovin’ you
    No pill’s gonna cure my ill
    I got a bad case of lovin’ you

    Robert Palmer - Bad case of loving you (Doctor, doctor)

    We will soon return to our scheduled - *BZZZT*

    A pele que percorre um corpo inteiro moldando mãos, braços, ombros, cara, que se confundem no pano da noite, que me absorvem. Que me provam que não existe nada, não existe o mundo, não existe a vida, não existe beleza, só existe aquilo que eu não sei explicar mas que faz todo o sentido porque sim. As mãos dadas, os lábios gulosos, os olhos brilhantes. Tudo é novo, diferente, quero saber, ensinas-me?, ensina-te-me e eu aprendo-te. Quero.
    Noite, lampiões, lampiona, enganei-me, direita não, esquerda, cidade!, ali fica o tantos, até a lua é nova aqui, até eu, eu também sou novo, e tu.

    O cantar uma música da rádio sabe bem quando ele não existiu durante muito tempo. É a saudade. Que aliás melhora a partilha da cantoria.

    quinta-feira, março 3

    Pensei nisto hoje quando, numa aula de manhã, meia hora depois das 9:05 eram 9:18. Estranho, hein?

    Ó , porque é que o tempo nas aulas de manhã demora mais a passar do que quando se está a fazer, por exemplo, tipo, sei lá, o amor?

    Writer's blog.

    Como vocês devem ter reparado (ou então não, porque este blog é lido maioritariamente pelos pickles em conserva dos escaparates do Continente e, como se sabe, os pickles são um bocado distraídos), eu não tenho escrito muito. Já em posts anteriores lastimei a baixa cadência de publicação da minha verborreia, mas desta vez vai ser diferente.

    E vai ser diferente porque, a propósito de não ter assunto, lembrei-me de uma composição que tive que fazer há uns anos atrás, como TPC de Português. O tema era livre, e como já devem ter reparado (ou então não, porque os pickles... ah, ok), tanta liberdade e tanto espaço por preencher causam-me uma certa confusão. Nessa altura, resolvi o problema escrevendo uma composição intitulada "O tema livre", em que contava a minha procura vã de um tema para escrever, interrompida por filmes na televisão e papás obcecados com o rendimento escolar. Tive boa nota nessa composição, o que obviamente me motivou para continuar a escrever merda. Quando surgiram os blogs, chamei-lhes um figo

    Ó figo

    e desde então nunca mais parei.