• "Um blog do cacete!" - Folha de São Paulo

  • "A resolução que recomendo para a leitura deste blog é 1024 x 768." - Stevie Wonder
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    segunda-feira, junho 27

    Traveling through hyperspace isn't like dusting crops, boy!



    Façam o teste em www.liquidgeneration.com. Ou então não façam. É convosco, mesmo. Até porque se me tivesse saído o Chewbacca este post não teria acontecido.

    Attitude, power and trim.

    Sou fortemente a favor da inclusão de prática de Flight Simulator durante as aulas de código da estrada. Talvez assim deixem de existir estes candidatos aos Darwin Awards, julgando que "ah, o gajo já alevantou".

    sábado, junho 25

    O monstro precisa de amigos.

    Estão a ver o título (aqueles animaizinhos) e a frase-descrição deste blog? Alguém me sabe dizer como centrar aquilo? Quem souber que me mande um mail, e eu recompensar-vos-ei com aquele quentinho que vocês vão sentir por terem ajudado o próximo.

    Eu sou do tempo em que se praticava o bem comprando pirilampos mágicos.

    O efeito de estufa acontece naturalmente. O calor solar chega à Terra sob a forma de radiação em ondas curtas, que são reflectidas pelo solo sob a forma de ondas longas. Na atmosfera terrestre existem gases, chamados gases de efeito de estufa (como o dióxido de carbono e o metano), que são permeáveis a ondas curtas e quase impermeáveis a ondas longas. Estes gases ajudam assim a reter o calor solar na atmosfera terrestre e, se assim não fosse, a Terra seria cerca de 30º C mais fria.
    Ora, pela lógica, se a presença destes gases na atmosfera aumentar, vai aumentar também a retenção de calor solar, bem como a temperatura do planeta. Foi o que aconteceu após a revolução industrial, que desencadeou não só o desenvolvimento tecnológico que se sabe como a subida de carências energéticas e emissões poluentes até então desconhecidas. Desde então, a concentração de gases de efeito de estufa aumentou em mais de 30% e a temperatura média do planeta subiu cerca de 0.6ºC, prevendo-se ainda uma situação bem pior para meados do século XXI. A isto se chama aquecimento global.
    Após reparar que "assim não pode ser", a comunidade internacional decidiu agir, convocando a cimeira do Rio de Janeiro em 1992. As suas intenções louváveis saíram logradas e verificou-se um desinteresse crescente, desde a cimeira do Rio até à de Joanesburgo em 2002, por parte da comunidade internacional que, face ao estado da economia, se coibia de adoptar políticas pró-ambientais que pudessem afectar a actividade produtiva. O protocolo de Quioto também deu poucos frutos, uma vez que o seu carácter não vinculativo permitiu que algumas nações não cumprissem os objectivos estipulados. A subsistência desta iniciativa perigou quando os EUA, um dos países com maior quota de emissões poluentes (se não o maior), decidiu não ratificar o protocolo. Estamos a falar já da administração Bush, evidentemente.

    (Abro aqui um parêntesis para referir que esta mesma administração declarou publicamente que uma das principais causas dos incêndios florestais era a existência de árvores, pelo que, como medida ecológica, decidiu fomentar o crescimento da indústria madeireira. Howdy, pardner!)

    As consequências disto são o aumento da desertificação, a diminuição do solo próprio para a agricultura (que acontece sobretudo em África devido às já elevadas temperaturas; parece que eles lá não têm assim muita fartura as is), o degelo polar, a subida das águas do mar, o aumento da salinidade dos oceanos, a modificação de ecossistemas que levam ao desaparecimento de espécies, enfim, toda uma panóplia de chatices.

    Ora bem. Temos então um problema, quiçá grave, e é chato resolvê-lo porque nos sai do bolso. Tentamos abordar a questão criando uma filosofia de "deitar lixo para o chão é feio mas não dá direito a tautau", que não resulta. Porém, alguém levou o princípio da navalha de Occam ao seu expoente máximo e teve a ideia de levar 600 000 000 pessoas a saltar ao mesmo tempo, em local e altura rigorosamente calculados, para afastar do Sol a órbita da Terra, permitindo baixar a temperatura global (pelo menos até ao próximo salto porque, by God, não se vai deixar de poluir). No site oficial desta iniciativa explicam a base científica (a meu ver duvidosa, mas não é sobre isso que quero falar) e fornecem a hora exacta (precisão ao segundo) do salto em função do local onde o internauta se encontra. Depressa se percebe que toda a gente tem que estar bem coordenada para saltar ao mesmo tempo, pelo que todos os saltitões têm que ter a mesma hora nos seus relógios.

    E tudo isto serviu para perguntar: como é que eles não puseram no site um relógio pelo qual os saltitões pudessem acertar o deles?

    E a merda é que eu tenho que saltar, porque tem que ser. I just gotta.

    sábado, junho 18

    Bem feita.

    Nas minhas andanças pela blogosfera, reparei que todos os blogs que têm um link para o Zoociedade (o que, surpreendentemente, não é tão frequente como seria de esperar), o têm em último lugar. Perante uma afronta destas, e como tenho complexos de inferioridade que permitem que o meu orgulho seja ferido com facilidade, decidi vingar-me, pondo todos os links para outros blogs da minha lista em último lugar. É mesmo verdade, podem verificar já aqui ao lado.

    Opiniões (desta vez não tão) infantis sobre assuntos sérios 101.

    Os "arrastões" são, neste momento, claramente in. Incidentes como o de Carcavelos impulsionaram uma manifestação da so called Frente Nacional contra a criminalidade crescente que, segundo um dos membros, era também contra os imigrantes. Numa manifestação tão controversa como esta, seria de esperar que os manifestantes enveredassem pelo caminho da seriedade, uma vez que a alternativa não iria, à partida, consolidar a sua opinião dentro de uma opinião pública pouco receptiva. Mas pode dizer-se que não foi esse o seu caso. Os manifestantes decidiram então que a melhor forma de fazerem valer os seus princípios era começar também um pequeno arrastão, que visava um "presumível assaltante de uma loja". Mais tarde, também eles foram um pouco arrastados, desta vez à bastonada, pelos agentes da PSP. Isto está tudo aqui.

    Penso, no entanto, que os manifestantes estão todos de parabéns. Não só conseguiram converter o Rossio numa arrastadeira (atenção que estamos a falar da casa mais cara do Monopólio), como exemplificaram como fazer justiça pelos próprios meios, e ainda fizeram os agentes da PSP passar por hipócritas. Porque toda a gente sabe em quem é que eles bem gostavam de dar bastonadas.

    quarta-feira, junho 15

    O segredo de todas as grandes superfícies comerciais é o mesmo das strippers: está tudo no teasing.

    Apesar de os meus leitores não se destacarem propriamente pela sua perspicácia, como eu estou farto de saber, de certeza que também já repararam numa das pérolas do pequeno comércio, que reflecte o respeito que os portugueses têm ao dinheiro, ao acto de desembolsar e à conjuntura da crise em geral. Falo, claro está, dos comerciantes que omitem a unidade monetária após dizerem a quantia que o cliente deverá pagar para se dar por concluída a venda. Como tudo na vida, isto perceber-se-á melhor através de um exemplo prático:

    "Ora então são 2 litros de leite... Uma dúzia de ovos... Mais a frutinha, o cereal e o detergente... São quinze e noventa."

    Este é um bom exemplo. Dá vontade de responder

    "Liras italianas? Aqui tem. Olhe, julgava que ia ser mais caro, veja lá."

    O problema dos pequenos comerciantes é, ao contrário das grandes superfícies comerciais, partilharem os problemas do cliente, nomeadamente a crise. A crise chega aos pequenos de todo o lado. O vendedor, ciente dos problemas do consumidor, omite os "euros" numa atitude cúmplice de respeito e sacerdócio, tendo plena consciência que o seu freguês fugirá a sete pés se for confrontado com o grande desrespeito pelo custo de vida que é tratar o dinheiro por tu. Desta forma, qualquer compra de víveres numa mercearia se reveste da aura do mais ilegal negócio do mercado negro. Fala-se em "trinta e dois e meio" e evita-se o sacrilégio permitindo que o numerário se confunda com uma quantidade de outra coisa qualquer. No fundo, se virmos bem, é óbvio que isto aconteça no nosso país, se nos lembrarmos da tendência que o português tem de fugir com o rabo à seringa. "Longe da vista, longe do coração" é o lema dos comerciantes. Se o cliente não ouvir dizer "euros", pode muito bem distrair-se e pensar que está a pagar com feijões.

    O mesmo já não se passa nas grandes superfícies. A displicência com que nos atiram com um

    "São cinquenta e dois euros e vinte e sete cêntimos",

    obscenamente explícito, adicionada à quantia geralmente mais elevada que aí se larga, faz o cliente sentir-se violado, maltratado e desprovido da sua hombridade. Prontamente arrota a quantia exigida, sentindo-se saciado mas humilhado, como se tivesse recorrido à prostituição.

    O português deve ser vilipendiado porque "quanto mais me bates mais gosto de ti". Pode comparar-se o comércio tradicional à esposa e o hipermercado à jovem amante, que levará sempre a melhor com produtos novos, modernos e brilhantes que o homem paga com o orgulho. É assim óbvio o porquê da crise no pequeno comércio. Por isso, quando forem ao Continente e a empregada vos atacar com um

    "São cinquenta e dois euros e vinte e sete cêntimos",

    respondam à letra:

    "Se fosses mesmo fina, cobravas em dólares."

    E eu garanto-vos que, por momentos, vão sentir-se uns machos.

    sábado, junho 11

    Opiniões infantis sobre assuntos sérios 101.

    Esta é uma boa notícia para os naturais do Benim, da Bolívia, do Burkina Faso, da Etiópia, do Gana, da Guiana, das Honduras, de Madagáscar, do Mali, da Mauritânia, de Moçambique, da Nicarágua, de Níger, do Ruanda, do Senegal, da Tanzânia, do Uganda e da Zâmbia. Quase os ouço a gritar "Yesss!".

    Uma palavra para os países do G8: LOL. Por momentos fizeram muita gente pensar que ainda tinham esperanças de ver esse dinheiro.

    E ainda há condutores que apontam com o dedo do meio uns para os outros.

    No top ten das coisas que mais me irritam estão as pessoas que apontam para coisas pequenas com o dedo mindinho, esticando-o na direcção de peças de informática, visores de telemóveis e moedas de 1 cêntimo. E o que me irrita não é o dedinho a apontar cobardemente, com medo do que quer mostrar e o mesmo cuidado de quando limpa o salão. É a falta de coerência destas pessoas: quando apontam para um avião ou uma montanha, são capazes de ter o desplante de usar apenas um modesto dedo indicador.

    quinta-feira, junho 9

    Em exibição num cinema perto de si.



    Encontrado aqui. Foi amor imediato.

    PS: O texto na base do poster diz: "Produced by average people who seem to think their lives are interesting. Filmed in thrilling HTML-O-Scope with exciting new fonts!" Hey, I resent that! Eu tenho uma vida interessante, cheia de... hmm... coisas.

    "Nada como consolidar o conhecimento fazendo tópicos" OU "Não há condições!"

    Estudar com calor tem muitas vantagens, mas nenhuma delas passa de certeza por:
    • Entrar na biblioteca e sentir o aroma de um medley de sovacos estudiosos;
    • Suar para cima das folhas, tentar limpar e borrar aquilo tudo;
    • Passar a mão pela testa suada e ter de cumprimentar um colega logo a seguir;
    • Ver imensa gente a ir para a praia ou para a piscina e ter que ficar fechado numa sala;
    • Gastar uma pipa de massa em refrescos e gelados;
    • Entornar refresco e gelado sobre as folhas; e
    • Sofrer ao beber café quente.

    Porque sem café não funciono. E depois ainda se admiram que um gajo chumbe e não tenha aproveitamento escolar.