Conselhos do Zoo para uma vida melhor II

Quando lerem algo do género Nos termos das diposições legais, os produtos expostos, quando entregues, não poderão ser devolvidos ou trocados por outros aceitem a dura realidade, admitam que foram enganados e engulam o bolo de arroz da véspera.

A realidade da suavidade da epiderme não é bem "Dove".

Quando a pele cobre o resto do mundo menos a noite leva-nos com ela. E eu vou. A mão e o pescoço cruzam-se no ombro de seda. E eu toco. Toco ainda sem olhar porque apenas o tacto pode tornar meu outro corpo, e só ele faz percorrê-lo por mim. Só ele o faz suar-me, só ele sente a magia da seda, só ele faz sentir a angústia arrepiante de querer fazer parte do corpo que não é o meu porque não se sente mais do que a pele. E eu sinto. E o ombro é de seda e feito à medida da minha mão côncava. Descuido-me e abro os olhos. E vejo-o chamar-me. E eu vou.

Conselhos do Zoo para uma vida melhor I

Vive cada dia como se fosse o último e um dia acertarás.

Tu feis o quê, minino???

Entrei no trem, esporrei na manivela Cobrador fila da puta me jogou pela janela Caí de quatro com o caralho arregalado E uma véia muito escrota me levou pro delegado O delegado tinha cara de viado E me mandou tomar no cu Tomei no cu, mas tomei no cu errado Quando eu menos percebi era o cu do delegado. Raimundos - Esporrei na manivela

Okay, three, two, one, let's jam.

Lonely. Broken-hearted. Noir. É o Spike na introdução da série Cowboy Bebop. Há dias em que também me sinto assim. Mas com mais estilo.

Look out, Helter Skelter.

When I get to the bottom I go back to the top of the slide where I stop and I go for a ride then I get to the bottom and I see you again.

Resultados do teste. Chumbaste.

Muito bem, aqui vão os resultados do último teste. Oito leitores opinaram acerca da próxima personalidade a bater a bota. Um votante escolheu a hipótese "Aquele que está em estado crítico num hospital europeu importante mas que não me lembra agora o nome", o que demonstra não só um irresponsável desinteresse negligente pelas questões importantes da actualidade, como também burrice por admiti-lo publicamente. Outro leitor votou em "Henrique Mendes, porque uma vez só para ele não é suficiente", o que prova que não sou o único convencido de que o Henrique Mendes sucka. Mas preocupante mesmo é a alternativa "Zoo, porque apesar de não ser público tem um blog mau (e com isto vou contar os meus inimigos)" ter tido um voto, pelo que vou passar a dormir com um olho aberto e outro fechado (dispensam-se os trocadilhos inteligentes). A hipótese "Eu só leio a Caras por isso todas as personalidades que conheço estão bem na vida, cabrões" não obteve nenhum voto, o que atesta que quem lê o Zoociedade não lê a Caras. Isto é um ponto a favor deste blog. A maioria dos votantes (5) acredita piamente na hipótese de um armagedão "Todos nós vamos morrer ao mesmo tempo porque o mundo vai acabar em 2005, tal como em 2000 e 2003" que nos levará todos desta para melhor, por isso se houver gajas entre esses cinco votantes, solicito que me enviem para o mail o vosso número de telefone e fotografia de corpo inteiro, para podermos viver mais intensamente o pouco tempo que nos resta. Mas depressa, antes que o mundo acabe.

De agora em diante, quem for bom irá para o céu. Quem for mau, irá para Auschwitz.

É engraçado. Num local tão ostentoso como o Vaticano, seria de esperar uma chaminé mais trabalhada. Quando vi a imagem acima com a legenda "Directo Vaticano", pensei que se tratava de um equívoco e que a chaminé era, na realidade, a da salamandra da Dona Ermelinda, habitante de uma aldeia perdida no distrito da Guarda, e que naquele momento estava a confeccionar o seu almoço. Mas depois vi que o novo papa é Joseph Ratzinger, e a chaminé fez sentido: o fumo, leva-o o Bento.

Calma, Mustafá, pensa bem nas coisas boas da vida antes de fazeres isso (de momento não me ocorre nenhuma mas tu és um gajo inteligente e chegas lá).

Adoro quando isto acontece. Ao que parece, alguém entrou neste blog através de uma pesquisa no Google por "receita de bomba caseira". Ora vejam. O que acrescenta à lista de leitores-tipo do Zoociedade toda uma nova categoria de terroristas, que também ficarão decepcionados ao perceberem que aqui não encontram nada que lhes satisfaça o interesse marginal. Agora, se me dão licença, tenho que acabar de escrever porque o FBI está a tocar à porta. Um aviso: posso não voltar a postar, devido a censura ou encarceramento.

Já escrevi posts bem mais pequenos sobre coisas bem mais importantes, mas no fundo isto é uma experiência marcante.

Aqueles de vocês mais sortudos que ainda não passaram pela experiência de rebocar o carro devido a uma avaria são uns verdadeiros meninos. Como eu ainda era hoje de manhã. E o facto de eu falar em "hoje de manhã" não é, por bizarro que pareça, fruto do acaso, uma vez que o meu carro foi mesmo rebocado hoje de manhã. Uma falha no alternador resistiu aos empurrões e às bocas de crocodilo, e lá tive que chamar o dito reboque. Mal sabia eu que o regabofe ainda estava a começar. Telefonei para a central e pedi um reboque para a Estrada da Beira, no sentido Coimbra - Ceira, mesmo depois de Ceira. A central comunicou com o condutor que me telefonou passados vinte minutos. T = 20 minutos Quando atendi, o condutor perguntou-me indicações para chegar de Seia até ao local da avaria. O facto de eu ter referido Coimbra e a Estrada da Beira não impediu a central de confundir Ceira com Seia, pelo que prontamente se dispuseram a mandar-me um reboque da Serra da Estrela. "Então mas... Vou demorar que tempos a chegar aí!" Corrigi o engano, concluindo que, para a assistência em viagem, dizer-se que se está mesmo a seguir a Ceira é igual a dizer-se que se está em Portugal. O telefonema demorou aproximadamente dois minutos. T = 20 + 2 = 22 minutos Ao fim de dez minutos telefonam-me da central a informar-me da correcção do erro, após a qual transferiram a minha chamada para um novo condutor, este já bastante mais próximo (geograficamente, mas não espiritualmente, como adiante se verá). Dou-lhe as coordenadas. Este telefonema, mais demorado, somou cinco minutos. T = 22 + 5 = 27 minutos Esperei, portanto. Ao fim de trinta minutos vejo um veículo a ostentar a efígie "Pronto Socorro". Saio do carro, faço sinal ao condutor e este pergunta-me se tinha sido eu o senhor com quem ele tinha falado há bocado. Respondo afirmativamente e ele arranca, presumi eu, para fazer inversão de marcha, uma vez que vinha no sentido oposto àquele em que eu estava. Fui-me entretendo na conversa e ao fim de três quartos de hora ainda não tinha regressado. T = 27 + 45 = 72 minutos = 1 hora e 12 minutos Ligo para a central e pergunto o que se passa. Eles transferem a chamada para o condutor, que me diz, visivelmente agastado, que já passou duas vezes pelo local das coordenadas que lhe dei e não me tinha visto. Estranhei, uma vez que eu tinha falado com ele e, apesar de ser uma pessoa discreta, tinha a certeza de que ele se lembraria de voltar ao sítio onde estava aquilo que ele tinha vindo buscar. Retorqui usando esse argumento, e desfez-se o segundo engano. Eu tinha falado com outro condutor qualquer. Nisto gastei mais cinco minutos. T = 72 + 5 = 77 minutos = 1 hora e 17 minutos Esperei que ele voltasse ao local, coisa que aconteceu depressa. O homem não vinha com cara de bons amigos porque, segundo o que ele disse, teve que acabar de almoçar a pressa para me vir buscar. Depois de pôr o carro em cima do reboque tinham passado mais dez minutos. T = 77 + 10 = 87 minutos = 1 hora e 27 minutos Na viagem que se seguiu, todas as tentativas de encetar conversa com o condutor saíram frustradas, porque para além da indisposição que decerto lhe causei devido ao jejum forçado eu não primo lá muito pela simpatia. Deixou-me no local que lhe indiquei e seguiu com o meu carro para a oficina. Devo confessar que quase verti uma lágrima. Não por causa do carro, que dava pena ver em cima do reboque, mas por causa da hora e meia que perdi. É que essa, amanhã, não ma vão dar de volta, novinha em folha.

آمایش سرزمین, o que é como quem diz: آمایش سرزمین.

Pela primeira vez desde que me meti nestas andanças dos blogs, reparei num pequeno botão discreto situado no canto superior direito desta página. Refiro-me não ao X do browser em que decerto já carregaste, desligando-o, e tiveste que abrir o site de novo porque és burro e apressado, mas sim ao botão "next blog". A curiosidade apoderou-se de mim. Será que o botão me levaria para o próximo blog por ordem alfabética, um qualquer começado por Z? Será que me levaria para o blog criado imediatamente depois deste? Será que seria sugado para uma dimensão paralela onde o Papa, o príncipe Rainier e Henrique Mendes ainda estão vivos? Passados alguns minutos de considerações, decidi carregar no botão. Era tão louco que era capaz de funcionar. E o resultado foi este, o que prova que criar blogs é um aspecto da cultura global. É um bom ângulo de abordagem à questão do terrorismo, uma vez que um povo que escreve blogs não pode ser mau de todo. Apesar de eu ter a certeza interior de que o que ali está escrito é a receita de uma bomba caseira a confeccionar apenas com uma lata de sardinhas e uma pitada de fermento Royal.

Lá diziam os Pop Dell'Arte: Money gives you Pope John Paul, money gives you Rock n' Roll

Sobre o funeral do Papa, sim, porque vocês ainda não ouviram o suficiente sobre isso não falando sobre a vida do falecido, ou sobre a sua obra, é de referir apenas que a Rede Globo sabem, aquela das novelas pagou, há anos atrás, ao Vaticano por um espaço reservado na Praça de São Pedro no dia do funeral do Papa. Imagine-se que outras televisões fizeram isto, e que outras entidades se aproveitaram deste dia. E agora? Isto é bom, mau ou compreensível? Serão eles uns abutres, perdão, uns urubus? Serão previdentes? Torna até estranho o facto de o caixão do Papa ser tão simples. Cheira-me que é feito das melhores árvores tropicais em vias de extinção, e de certeza que alguém ganhou alguma coisa e não foi pouca com isso.

Isto perto do Dia da Mãe não pode ser, de maneira alguma, um bom presságio. (Estamos perto do Dia da Mãe, não estamos?)

Na Internet há de tudo um pouco: pornografia, etc. E também há destas coisas. O que explica não só a prevalência da moral e dos bons costumes do mundo louco em que vivemos, como também a presença daquela senhora em minha casa. Vocês também sentem aquela vontade inconsciente e repentina de obedecer a qualquer coisa que o Mr. T sugira?