• "Um blog do cacete!" - Folha de São Paulo

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    terça-feira, janeiro 24

    Betão A(r)mado

    sábado, janeiro 21

    Rolling On The Floor Laughing Out Loud

    quinta-feira, janeiro 12

    A pedofilia forçada dos oceanos

    Este peixe que aqui vêem é uma garoupa. A garoupa é um peixe como muitos outros. Mede quase 4 metros de comprimento, pesa quase 400 kg, e possui uma data de tácticas de caça que lhe garantem a sobrevivência, tais como a capacidade de mudar de cor, uma boca grande que aspira a água à sua frente e engole peixes mais fugidios, e a cara de estúpido em geral, que afasta os poucos predadores que tentam atacar um peixe deste tamanho. No entanto, e é por isso que escrevo, este habitante dos oceanos tem uma característica bastante peculiar: todas as garoupas jovens são fêmeas. Só do sétimo ao décimo ano das suas vidas é que as garoupas se transformam em machos. A mãe Natureza, burra velha, sabiamente desenvolveu esta capacidade neste peixe, porque desta forma garante que só os indivíduos que forem hábeis o suficiente para sobreviver até aos sete anos têm a possibilidade de passar os seus genes à geração seguinte.

    Ora, isto levanta uma questão interessante. Todo este processo de mudança de sexo implica que os adultos desta espécie - todos eles machos - apenas têm à sua disposição, para acasalar, fêmeas jovens e na idade do auge sexual. Esta situação cria toda uma panóplia de expectativas curiosas: como aquela em que uma garoupa, durante toda a parte da vida em que é macho, está rodeada de fêmeas única e exclusivamente no clímax da juventude, dos looks, e da actividade sexual. Imaginem os meus leitores machos que, independente de serem vintões, trintões, ou cinquentões, todas as fêmeas que vos rodeiam são pitas taradas sem machos da sua idade. Quando soube disto, comecei a desejar, com força, ter guelras, tal como vocês estão também, decerto.

    Mas lamento desiludir-vos. O esperança média de vida de uma garoupa são 70 anos, quase o mesmo que nos seres humanos. O que significa que todos os machos se vêm limitados a uma oferta de fêmeas até, no máximo, dez anos de idade. Apenas poderão praticar o coito com criancinhas. Isto, claro, reveste-se de profundas questões morais e quiçá legais, embora não conste nos autos da PJ algum caso desta natureza. Mas nos dias que correm, todo o cuidado é pouco com essas coisas. É desta forma que concluo tristemente que existe pedofilia também nos oceanos, e que já não ficarei tão triste quando um petroleiro se afundar. Ser uma garoupa não é tão bom quanto parecia no início.

    Aliás, é pior ainda: é que a maioria dos machos já apanharam com ele quando eram novos.

    sábado, janeiro 7

    Mundo da lua:

    aquele mundo que existe nos bastidores do meu cérebro, no qual ensaio todas as noites um papel de eloquência e assertividade brilhantes, durante aquele bocadinho que decorre entre o momento em que coloco a cabeça na almofada e o momento em que finalmente adormeço.

    A relação entre uma ervilha e um pokémon.

    Nos restaurantes*, existem dois tipos de crianças: as chatas e as que gostaríamos de espancar com um cano de ferro. As chatas limitam-se a berrar na mesa ao lado, fazendo birra e reclamando que não gostam das ervilhas. Isto é coisa que nunca percebi porque - porra - uma ervilha não sabe mal, é uma engraçada bolinha verde e os putos gostam de brincar com a comida. Não é como o fígado que parece um cagalhão espalmado e eu quando era puto não gostava e continuo a evitar, embora no fundo eu até compreenda que os putos já não achem piada a simples bolinhas porque antigamente* é que se jogava ao berlinde, agora só se joga ao pokémon. Eu nunca joguei ao pokémon.
    O segundo tipo de crianças engloba todas aquelas que nos dão vontade de nos levantarmos da mesa, irmos até à mesa delas, dizer Peço desculpa interromper mas vou tentar acalmar este belo rapagão, como te chamas?, levá-lo pelo braço até aos lavabos com o consentimento dos pais

    que para concordarem com uma coisa destas é porque são uns idiotas e, nesse caso, merecem que lhes façam isto ao filho

    e aí espartiçar-lhe as trombas com o cano da pia, gritando Viste o que ganhaste, devias ter comido as ervilhas que têm tantas vitaminas. E depois voltar para a mesa e aproveitar o resto do meu jantar. Num mundo ideal, as coisas seriam assim. Também não existiriam pokémons. E também não existiriam japoneses.

    *Adoro fazer este tipo de relações nos links.

    Só me apetece é comer abelhas.

    Não há nada pior do que fazer new post e ver este espaço em branco. Um espaço que eu devo preencher com algo que tenha algum conteúdo e interesse para quem lê este blog. Porque eu quero escrever. Mas querer não basta, e não há pior sensação do que não ter assunto. No meu 9º ano, salvo erro, tivemos como TPC de Português escrever uma composição sobre um tema livre. Dei imensas voltas à cabeça tentando encontrar um tema original e não consegui. Então, escrevi uma composição intitulada "Tema livre", em que relatava precisamente o problema de ter que escrever sobre alguma coisa mas não ter mote. A professora gostou, tive Muito Bom. Mas aqui isso já não funciona. Quase todos os bloggers já escreveram sobre a paranóia do bloqueio de escritor, e a blogosfera não tolera faltas de assunto. Ninguém é obrigado a escrever, e se é para escrever merda mais vale estar quietinho.

    Já vou tarde para ficar quieto, não é? Peço desculpa pela emissão, a interrupção segue dentro de momentos.

    quinta-feira, janeiro 5

    Como uma pessoa que não gosta de resolver problemas resolve um problema

    Tenho andado a reparar que sou mais desleixado do que julgava. O feedback que outros me dão leva-me a concluir que faço quase tudo à papo seco, conseguindo resultados pouco satisfatórios numa data de coisas em que me envolvo. Nem é por achar que é melhor investir noutras coisas, nem por não gostar do que faço, porque há coisas que gosto de fazer e mesmo assim não me empenho nelas. Sinto-me mal comigo próprio por fazer isso, uma vez que nada se consegue sem trabalho e como sou preguiçoso vejo o meu futuro comprometido. Sendo ano novo, altura de novas determinações, atitudes e tal, decidi então resolver este problema.

    E classifiquei-me como niilista.